Talvez estejamos planejando nossos negócios de maneira equivocada. Esta frase pode parecer alarmante, especialmente quando falamos sobre planejamento estratégico para o futuro, mas é essa dúvida que me inquieta.
Como profissional de estratégia e negócios, comecei a questionar os métodos tradicionais de planejamento de marketing.
A reflexão que tive (e que também é compartilhada por muitos empreendedores e líderes) é que, ao desenvolver um plano estratégico, muitas vezes não exploramos completamente as possibilidades do mercado, os fatores controláveis e incontroláveis, a volatilidade, os recursos disponíveis, as tecnologias e as tendências
Parece que não conseguimos acompanhar o ritmo acelerado das mudanças. Quantas empresas que eram líderes de mercado já não existem mais? E por quê? Foi uma falha de planejamento, finanças, mercado, ou simplesmente não conseguiram acompanhar o ritmo acelerado dos tempos?
Para entender melhor essas questões, precisamos olhar para uma série de lacunas e fatores muitas vezes negligenciados na elaboração de estratégias. Vamos explorar alguns deles mais detalhadamente.
Joseph Nicéphore Niépce, o inventor da fotografia, criou uma placa de estanho coberta com betume, expondo-a à luz por oito horas para capturar a primeira imagem. Este processo era extremamente lento, refletindo a tecnologia e o conhecimento da época.
Em 1851, Frederick Scott Archer introduziu o processo do colódio úmido, permitindo a impressão de várias imagens a partir de um negativo, acelerando significativamente o processo fotográfico e democratizando o acesso à fotografia.
Contudo, foi apenas em 1975 que as primeiras câmeras digitais foram desenvolvidas, um marco significativo que transformou a indústria ao longo dos anos seguintes. A Kodak, por exemplo, lançou a Cromemco Cyclops, a primeira câmera digital comercializada em larga escala.
Levaram mais de 120 anos para a fotografia alcançar a era digital, um exemplo claro de como as inovações podem levar tempo para se consolidar e transformar mercados.
Hoje, a geração de imagens a partir de comandos de inteligência artificial avança a passos largos. Ferramentas como DALL-E, Midjourney e Stable Diffusion utilizam machine learning para criar imagens realistas que podem enganar até os olhos mais treinados.
Essas inovações desafiam o status quo no mercado artístico e cinematográfico, levantando questões sobre o que define a arte neste novo contexto. A aceleração tecnológica pode tornar produtos obsoletos rapidamente, mas também pode liberar recursos se bem aproveitados.
O desafio é como as lideranças podem acompanhar essas mudanças de mercado. Empresas que não conseguem adaptar-se rapidamente às novas tecnologias frequentemente ficam para trás.
Como visto com a queda de gigantes como a própria Kodak, que, ironicamente, não conseguiu acompanhar a transição para a fotografia digital que ela mesma ajudou a iniciar.
Um estudo recente da Mindminers revelou que menos da metade da geração Z consome bebidas alcoólicas. Como os grandes produtores de bebidas devem interpretar esse comportamento, já que esta geração será a futura consumidora de seus produtos?
Este é um exemplo claro de como o comportamento humano, influenciado por mudanças culturais e sociais, pode afetar profundamente o mercado. Produtos e serviços são elaborados para atender às necessidades humanas, sociais, econômicas ou culturais.
O comportamento humano, seja geracional ou cultural/social, pode influenciar todo um ciclo de consumo. Então, por que muitas lideranças têm dificuldade em captar essas nuances comportamentais?
A resposta pode estar na complexidade e na rápida evolução das tendências comportamentais, que exigem uma abordagem mais dinâmica e integrada de pesquisa e análise de mercado.
Diante de um mercado em constante transformação, a urgência é desenvolver estratégias criativas mais adaptáveis e à prova de futuro.
Objetivos, OKRs, KPIs e metas de negócios são essenciais para a saúde dos negócios, mas precisamos ser mais criativos e inovadores em nossa abordagem, pensando alguns passos à frente quando se fala em indicadores de sucesso.
O Design de Futuros nos negócios, baseado em mais de cinco anos de pesquisa, se apoia nos pilares satélites pautados em informações e insights da política, economia, sociedade, cultura e tecnologia.
Colocamos nossos clientes no centro, utilizando movimentos desses pilares para guiar nossa linha de pesquisa. A pesquisa inicial só termina quando temos um alto volume de dados confiáveis e contraposição de ideias, formando teses e antíteses provocativas.
Após finalizada a primeira etapa da pesquisa, começamos a mapear o mercado e os concorrentes em várias camadas, com foco central na aceleração tecnológica. Aqui, se faz necessário um olhar muito mais aprofundado para entender de fato quais são as principais oportunidades e ameaças, tendo em vista os novos mercados.
Há décadas atrás, a profissão de vendedor de enciclopédias era popular, mas foi extinta não pela concorrência, mas pelas novas fontes de informação, como o Google. Aplicamos esse olhar transversal ao benchmarking de Design de Futuros, identificando competidores capazes de interferir diretamente na performance de mercado.
Este processo envolve a análise profunda de dados, identificação de tendências emergentes e a criação de cenários futuros que permitam às empresas antecipar mudanças e se preparar para elas.
Sob o olhar treinado de letramento para futuros, ativamos um extenso catálogo de weak signals – banco de dados com mais de 300 novas tecnologias, 700 empresas inovadoras e 30 novos mercados que nos permite obter os principais insights sobre os movimentos de negócios mais importantes para cada caso.
Todo insight precisa de ação para se concretizar. A visão de tendências é crucial para investigar um futuro possível, mas a elaboração estratégica nos dá o poder de escolher qual futuro queremos construir.
Com essas novas visões, iniciamos um processo de cocriação com o cliente, desenvolvendo produtos, serviços e modelos de negócios para atingir a visão de futuro desejada.
Usando uma analogia simples, é como se entrássemos em uma máquina do tempo, viajássemos ao futuro para entender o comportamento e os hábitos do público e voltássemos ao presente para desenhar estratégias assertivas.
Esta etapa da metodologia é chamada de backcasting: um exercício imaginativo e estratégico baseado em dados obtidos através da pesquisa de tendências.
Ao integrar uma abordagem prospectiva e preditiva com estratégias práticas, permite que as empresas não apenas respondam às mudanças, mas também moldem o futuro de maneira proativa e não reativa.
A usabilidade dessa metodologia reside em sua capacidade de combinar pesquisa de tendências, análise de dados e inovação estratégica para criar um mapa claro de oportunidades e desafios futuros.
Ao pensar em futuros negócios, estamos nos preparando para navegar por incertezas e volatilidades com maior confiança. Estratégias baseadas no Design de Futuros permitem a construção de um portfólio resiliente de opções estratégicas, que podem ser ajustadas à medida que o contexto evolui.
Meu mais profundo desejo é que as empresas estejam melhor equipadas para não para sobreviver, mas prosperar em um ambiente de negócios dinâmico e incerto.
Quantas empresas líderes de mercado você conheceu que hoje não existem mais ou estão em declínio por falta de inovação? Kodak, Nokia, Blackberry e Toshiba. Estes são apenas alguns exemplos de gigantes que ficaram para trás por não pensarem no futuro.
Para não cometer este mesmo erro, comece agora a investir em um Estudo de Futuro! Fale com um de nossos especialistas e entenda como guiaremos você nesta jornada. Afinal, quem não olha para o futuro pode morrer no presente!
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